Barbera
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- Categoria: cepas
Nativa do Piemonte, no noroeste da Itália, a Barbera é a uva mais plantada na região. Apesar de o Piemonte ser famoso pelos vinhos tânicos produzidos com a uva Nebbiolo (Barolo e Barbaresco), são os Barbera, vinhos de estrutura leve, que são consumidos no dia a dia do piemontês.
A Barbera empresta seu nome para duas das 58 denominações de origem do Piemonte: Barbera d’Asti e Barbera d’Alba. O vinho de Asti tende a ser frutado, e menos estruturado, com pouco carvalho durante a vinificação. Já o vinho de Alba reflete a proximidade geográfica com a produção de Nebbiolo, com um resultado mais concentrado e estruturado, mais beneficiado pela passagem por barris de carvalho.
Comum também em outras regiões da Itália, como Emilia-Romagna, Puglia, Campania, Sicília e Sardenha, a Barbera acompanhou os emigrantes italianos em suas viagens para outros países, como Austrália, Argentina, Estados Unidos, e até Brasil, sendo responsável por vinhos de qualidade também fora de sua terra natal.
É possível reconhecer a Barbera por diversos nomes regionais ou sinônimos, como: Barbera d’Asti, Barbera d’Alba, Barbera d’Aosta, Barbera Belas, Barbera Dolce, Barbera Forte, Barbera Grossa, Barbera Riccia, Barbera Sarda, Barbera Vera, Barbare, e Barbera del Monferrato.
Essa é uma cepa muito vigorosa e de altos rendimentos (até 5 toneladas por hectare). Os melhores Barbera, no entanto, tendem a ser de vinhas bem podadas e com cachos de uva menores, com sabores mais concentrados.
A Barbera é muito utilizada em vinhos de cortes, principalmente com Sangiovese ou com Nebbiolo. Mas também é vista em vinhos varietais (cada vez mais comuns na Itália, junto com um crescente movimento de rotulagem do nome da uva, como no Novo Mundo).
Naturalmente rica em acidez, e com poucos taninos, os sabores típicos mais encontrados nos leves vinhos da uva Barbera são de cereja. Quando cultivada em climas mais quentes, como na Califórnia, também destacam-se toques de ameixa.
A Barbera produz vinhos de cor profunda (aproximando-se da cor do Syrah), e a maioria deles deve ser bebida quando jovem, sendo melhores aos 5 anos após o engarrafamento, do que aos 10, por exemplo.
Esses vinhos são muito versáteis na harmonização, combinando, por exemplo, com carne bovina ou carne de porco assadas, queijos azuis tipo gorgonzola, pizzas e pastas com molho à bolonhesa ou pomodoro, vegetais cozidos, e frituras à milanesa.
Aqueles que apreciam vinhos menos tânicos, como Merlot ou Carmenère, não devem perder a oportunidade de conhecer a Barbera!
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